Festas clássicas, temáticas, modernas, mini weddings, não importa o estilo, festas de casamentos acontecem a toda hora e sempre estão em alta. Samantha Fasolari, do portal Noiva nas Nuvens, acredita que, com tanta modernidade, é natural que as pessoas busquem investir significativamente nesse evento. A empresária, que desbravou o mercado brasileiro com a venda de vestidos de noiva pela internet, vê de forma natural a mudança no padrão de consumo das noivas. “A mulher de hoje estuda, trabalha, paga suas próprias contas e quer praticidade e qualidade no que escolhe”, comenta.

Mas nem sempre foi assim. Nas décadas de 20,30 e 60, por exemplo, o vestido de noiva era confeccionado sob medida, por costureiras de confiança da família e demorava meses para ficar pronto. Essa peça era guardada e passada para as próximas gerações que podiam reformular e usar o mesmo vestido. “A maioria das mulheres já ouviram histórias de quando suas avós mandavam fazer os vestidos, escolhiam o tecido, o modelo e passavam meses provando até que ficasse perfeito”.

No século 21, a moda mudou e o mercado têxtil teve uma revolução. O varejo cresceu e tornou a moda mais acessível. Porém, os vestidos de noiva continuaram sendo um artigo de luxo e foram se tornando cada vez mais caros. A solução encontrada pelo setor foi difundir o aluguel de trajes de festas. “A compra era inviável, mas o aluguel era possível. Desta forma, tornou-se natural alugar o vestido de noiva. E o costume de confeccionar a peça e deixar para as próximas gerações se perdeu”, explica Samantha.

Segundo ela, esse padrão é uma característica cultural brasileira, em outros países a noiva sempre compra a peça. E o mercado online é o próximo passo dessa evolução já que propicia a praticidade. O EUA já comercializa 20% dos vestidos de noiva pela internet e as brasileiras também estão aprendendo a consumir esse tipo de traje online. Esses dados tornam nítido o desenvolvimento e a transformação no comportamento da noiva/consumidora que é uma mulher prática que consome pela internet e resolve boa parte de suas atividades online, mas que continua sendo delicada e romântica.

O mercado de moda se adapta e progride de acordo com a situação econômica e cultural de cada local. Desde a confecção personalizada, passando pela massificação, até chegar ao e-commerce muita coisa mudou nos hábitos da consumidora de moda. Porém, o segmento de casamento continua realizando sonhos e gerando lucro.  Tradição. Talvez seja esse o motivo que explique o grande número de casamentos registrados no Brasil. E muitos ainda estão por vir, segundo o IBGE existe 39 milhões de solteiros, entre 20 e 40 anos, que planejam se casar nos próximos anos. “É uma forma de resgatar os valores da união da família”, acredita Samantha.

Por redação
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