Cada vez mais presente na mesa dos brasileiros, o azeite extravirgem tem se tornado um ingrediente coringa na produção dos mais diversos pratos do dia a dia. Seu consumo diário vem aumentando ano a ano no Brasil, porém ainda há períodos em que o consumo é maior, como as festas de fim de ano e a Páscoa.
Além do sabor especial, ele também possui propriedades benéficas à saúde. E com o intuiro de levar informações sobre os benefícios do uso diário do azeite nos lares dos brasileiros, a marca Andorinha e a Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) firmaram parceria. Segundo o médico Carlos Alberto Nogueira de Almeida, especialista da associação, se utilizado na quantidade indicada, o azeite é capaz de auxiliar no controle do colesterol e no combate a doenças cardiovasculares e radicais livres.
Substituindo gorduras
Os lipídeos são ingredientes fundamentais para a culinária, sendo considerados, entre os macronutrientes, como aqueles que conferem mais sabor aos pratos. Por muitos anos o lipídeo mais usado foi a gordura animal, devido ao seu sabor e à sua capacidade de se solidificar em temperatura ambiente, o que lhe confere propriedades culinárias relevantes. Entretanto, mais recentemente, seu uso tem sido restrito devido ao fato de ser composta basicamente de ácidos graxos saturados, que são prejudiciais à saúde. Por esse motivo, cresceu o uso dos lipídeos vegetais, os chamados óleos, que possuem menor teor de ácidos graxos saturados e teores variáveis de ácidos graxos mono e poli-insaturados.
Quando usados em preparações que exigem aquecimento, esses óleos podem sofrer modificações em sua composição. Dentre eles, destaca-se o azeite de oliva, pois além de ser um óleo vegetal e, portanto, mais saudável que as gorduras de origem animal, apresenta ainda propriedades que o diferenciam dos demais. Além de não ser processado, o óleo obtido das azeitonas tem maior poder na manutenção de suas propriedades e não se desintegra facilmente.
Um estudo realizado pela Sovena diz que o azeite, em comparação com óleos vegetais refinados, é mais resistente à oxidação sobaquecimento entre 180º C e 230ºC. Outro exemplo acontece quando se assa carnes e batatas, o azeite é o que possui menor oxidação em relação às demais. Já em condições de fritura em imersão entre 180°C e 190°C, o azeite de oliva novamente se desintegra menos que os demais. “Mesmo quando usado quente, trata-se do óleo que apresenta maior estabilidade no processo oxidativo, mantendo rica sua composição de ácido oleico e contribuindo para redução do colesterol LDL (ruim), sem afetar o HDL (bom), permitindo o equilíbrio entre os dois no organismo”, afirma médico. “Matam, ainda, cerca de 80% das suas substâncias antioxidantes ativas”, completa.
Propriedades antioxidantes
Devido a sua elevada concentração de antioxidantes, tais quais a Vitamina E, os derivados fenólicos (tirosol e hidroxitirosol), esteróis livres e seus precursores, como o esqualeno, o consumo em quantidades adequadas ajuda o sistema circulatório. “Eles são capazes de prevenir a disfunção endotelial, que acontece quando os vasos sanguíneos diminuem sua capacidade de manter uma adequada dilatação e de evitar que se formem trombos, que podem ocluir a passagem de sangue,” afirma o especialista.
Ele reforça que o azeite é o lipídeo de uso doméstico com maior estabilidade e menor perda de propriedades antioxidantes quando aquecido e recomenda que o alimento não seja exposto a temperaturas excessivas, sobretudo por longos períodos. Usado corretamente, o azeite de oliva pode fazer a diferença para manter uma alimentação de qualidade.
Combate a doenças cardiovasculares
De acordo com o especialista, o azeite contribui ainda para o controle da pressão arterial e melhora a função da parede interna dos vasos sanguíneos, prevenindo a hipertensão arterial e a formação de placas de aterosclerose. “Além disso, promove um ambiente menos propenso à coagulação, que acontece exatamente no momento em que um infarto se inicia”, finaliza.
Por redação
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