A regulamentação da lei da comida de rua na cidade de São Paulo, que permite a venda de alimentos em espaços públicos, liberou também o uso de food trucks (veículos adaptados) para esse tipo de comércio. Assim, a capital paulista alinha-se a municípios do próprio interior do Estado onde a prática já ocorre. Evidentemente esse modelo representa uma grande oportunidade para quem quer empreender no setor. Mas surge a dúvida: investir em food truck ou em restaurante ou lanchonete tradicional, isto é, um espaço físico convencional?
Segundo Ivan Hussni, diretor-técnico do Sebrae-SP, em linhas gerais, além de fatores pessoais, a decisão depende de uma boa análise das características do food truck para o empreendedor se assegurar que realmente quer trabalhar no segmento.
“A venda de comida de rua legalizada depende de autorização da prefeitura. Significa que não basta escolher um ponto, estacionar o veículo e começar. Não é de se espantar que o número de licenças concedidas seja insuficiente para atender à demanda”, esclarece.
Ivan afirma que os gastos são determinantes. Calcula-se que os custos para tornar viável a operação de um food truck, o que inclui a aquisição e sua adaptação, pode até superar os R$ 300 mil, porém há opções mais baratas.
A comida vendida tem de ter preço acessível. Afinal, o consumidor que se alimenta na rua busca algo barato. Não pode ter valores que rivalizam com os de restaurantes ou lanchonetes, que oferecem um serviço diferente com mesas, cadeiras, garçons, banheiro etc. Mas ser mais em conta não significa baixa qualidade. Outro ponto a ser considerado é a condição climática. Chuva, frio e calor fortes podem afastar a clientela. Bem diferente de um lugar fechado e com ar-condicionado.
Por outro lado, de acordo com o diretor, trata-se de um segmento comprovadamente bem-sucedido. Os food trucks existem em várias partes do mundo como Nova York, Londres, Paris. Chefs de cozinha renomados de São Paulo já sinalizaram que vão investir nesse nicho porque sabem ser um filão com perspectivas muito interessantes. Também há inúmeros exemplos de empresários com resultados positivos no ramo, mesmo em São Paulo onde até antes da lei só podiam parar seus veículos em locais privados.
“Não há uma resposta pronta para a tomada de decisão. Qualquer opção terá prós e contras. Cabe ao empreendedor traçar um plano de negócio capaz de mostrar qual a melhor escolha no seu caso. Feito isso, é se preparar bem, ter um diferencial, gerir o negócio com eficiência e aperfeiçoá-lo sempre. Estamos sempre atentos às tendências de negócios e de que forma auxiliar os empreendedores no aproveitamento delas. Temos especialistas espalhados em todos nossos pontos de atendimento do Sebrae-SP para auxiliá-los. Procure-nos”, completa Ivan Hussni.
Por redação
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