É como se fosse uma equação, terrenos caros e escassos, filhos e empregadas fixas que deixam os lares ou a procura do primeiro imóvel. Nada melhor que investir num apartamento pequeno, onde os valores são palpáveis, aliados as condições de uma vida prática, onde temos academia, serviços de lavanderias… E tudo isso em áreas bem localizadas perto do metrô, ou trabalho. Fechou!
Depois da escolha e opção certa, nos vemos diante de um espaço reduzido, onde não imaginamos como acomodar tantos móveis, eletrodomésticos, necessidades e funcionalidade. A possibilidade de contarmos com um profissional detentor de conhecimento é levada em consideração. Capacitado, este profissional avaliará e estudará o lifestyle dos moradores e, com base nesse estudo, apresentará propostas como otimização e aproveitamento de espaços, escolha de cores, tipo de tintas, padrões, texturas, a disposição da mobília, conjugação e análise do contexto de todas as peças, melhor tipo de iluminação e criação de ambientes temáticos. Contudo, é interessante ter uma ideia de como funciona algumas soluções básicas que podem vir a prover os caminhos por onde começar.
Integrando ambientes – Eliminar paredes ou usar o nicho ou o móvel divisional são boas opções para atender dois ambientes ao mesmo tempo (sala e cozinha). O ambiente pode ser composto com assentos com efeito de baús, pufes embaixo de móveis ou aparadores, que podem ser usados como mesinhas.
Móveis – O ponto inicial para uma boa solução é o estudo e planejamento dos espaços, definindo onde ficará cada ambiente e o layout. Podemos ter móveis coringas como um rack que possua uma mesa embutida para escritório ou uma mesa de cozinha retrátil. Os móveis podem ser planejados, ou seja, aqueles que já existem em módulos tamanho padrão (e são vendidos dessa forma), ou sob medida, quando todas as peças são desenvolvidas pensando na necessidade individual, e confeccionadas em medidas variadas. As duas opções são válidas, dependem de prazo de entrega (que variam), orçamento, entre outros, mas ambas necessitam de um planejamento com antecedência.
Decoração – Recursos de decoração como espelhos, cadeiras transparentes para mesa de jantar, papéis de parede com listras horizontais que gera a sensação de amplitude em ambientes estreitos ajudam a transformar o ambiente. Uma boa ideia é usar cores vibrantes só para objetos de decoração e deixar o restante com tons pastéis e brancos. Um único revestimento para piso em todos os ambientes dará aspecto de continuidade (em áreas frias, normalmente utilizamos pisos cerâmicos ou porcelanatos).
Iluminação – Para termos um ambiente com sensação maior, o mesmo demanda de uma boa iluminação (sem focos escuros). Quando menor a área, maior a necessidade de um bom projeto para abranger detalhes, utilizando um número maior de lâmpadas modernas e atraentes.
O cuidado deve ser grande. Como um quebra-cabeça, são muitos detalhes a se encaixar num espaço reduzido, que trabalhados com bom gosto, equilíbrio e sem mistura de estilos aparentará “ares de topa tudo”, onde podemos ter sim usar cores e arranjos florais, que aliados ao bom senso, ficam maravilhosos.
Por Denise Fagundes, designer de interiores
Edição Kelly Saito
Foto divulgação