Começa neste sábado, 13, a 6ª edição da Mostra de Teatro de Rua de Guarulhos, que tem por objetivo promover o intercâmbio entre grupos de teatro de rua e incentivar as manifestações artísticas relativas à linguagem na cidade. Realizada pela Secretaria de Cultura em parceria com o Movimento Cabuçu, a mostra reúne cerca de trinta espetáculos e intervenções de grupos de Guarulhos, São Paulo, Santos, Poá, Suzano e Presidente Prudente.

O tradicional Cortejo de Abertura vai partir do Adamastor Centro, às 15 horas, com destino ao calçadão da rua Dom Pedro II, onde, às 16 horas, serão apresentadas diversas intervenções simultâneas.  Em seguida, às 17 horas, o Grupo Pombas Urbanas encenará a peça convidada “Era uma vez, um rei”.

​A peça convidada narra a história de um grupo de moradores de rua que​ ​se encontram ​em​ ​um fim de tarde, em​ ​uma praça da cidade. De suas relações nasce uma brincadeira na qual um deles propõe ser​ rei. Assim, tem início um jogo imaginativo e eles saem da realidade em que vivem para representar as relações de poder da mesma sociedade que os marginaliza.

Além da importante interface com a Escola Viva de Artes Cênicas, a mostra conta ainda com a parceria do programa Teatro na Comunidade. ​As apresentações seguem até o dia 20 de dezembro e todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. Mais informações podem ser obtidas pelo email formacaocultural.guarulhos@gmail.com ou pelo telefone 2087 4175.

Programação
Dia 13 | sábado
15 horas – Cortejo de Abertura
Onde: Adamastor Centro, rumo ao Centro
Durante o percurso entre o Adamastor Centro e o calçadão da Dom Pedro II aproximadamente 300 artistas farão interações com os transeuntes, por meio de danças, cantos populares, encenações de esquetes. O ritmo será puxado pela Orquestra de Tambores do Cabuçu. Entre os participantes estão integrantes de grupos de artistas populares de Guarulhos, aprendizes do programa Teatro na Comunidade e da Escola Viva de Artes Cênicas de Guarulhos, sendo que estes apresentarão trechos de cenas diversas e poemas, com o intuito de buscar interlocução com o público, estabelecendo possibilidades sensíveis de contato com a arte na rua. Entre as intervenções, trechos de cenas de peças populares do teatro brasileiro e mundial.

16 horas – Intervenções simultâneas
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

– Intervenções Teatro na Comunidade

– Shakespeare na Multidão – Polo EPG João Guimarães Rosa
Resultado de criação coletiva, une o texto Multidão indesejada a trechos de Como gostais, de Shakespeare, para representar o pensamento de uma legião de jovens inconformados com as injustiças dos dias atuais.

– Olha o palhaço – Polo EPG Cerqueira César
A cena propõe o encontro de duplas de palhaços com características opostas: o gordo e o magro, o grande e o pequeno, o bobo e o esperto.

– Recital de poetas
Sarau coordenado pelos poetas guarulhenses Osvaldo Alves e Rogério Brito.

– A Carta da Terra, a Terra é nossa mãe – Núcleo Cosmopolita
Monólogo remonta à história do cacique Seatle, que em 1898 enviou uma carta para o presidente dos Estados Unidos pedindo que o planeta seja salvo da destruição promovida pelo homem.

– O canteiro do Imaginário – Grupo Miríades

Devido ao esgotamento dos recursos naturais na Terra, um grupo de palhaços decide procurar outro planeta para viver. Chegando lá irão aguçar a sua percepção sobre o planeta em que viviam.

– A sensitiva – Escola Viva de Artes Cênicas
Adaptação do esquete “A sensitiva e a mulher macaco”, de Luís Alberto de Abreu. Com Elisabeth Massareli e Renan Melinski. Artistas deambulam para apresentar números de adivinhação, provocando a imaginação e a comicidade em relação com o público.

17 horas – Era uma vez, um rei – Pombas Urbanas (São Paulo)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

Num final de tarde, um grupo de mendigos se encontra em uma praça da cidade. De suas relações nasce uma brincadeira na qual um deles propõe ser Rei. Assim, tem início um jogo imaginativo e eles saem da realidade em que vivem para representar as relações de poder da mesma sociedade que os marginaliza.

Dia 15 | segunda-feira
16 horas – O Básico do Circo (espetáculo convidado) – Núcleo Pavanelli (São Paulo)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

Com números circenses, música ao vivo e improvisação, o espetáculo faz uma homenagem a grandes palhaços como Piolim, Arrelia, Chicharrão, Pururuca, Torresmo, Picolino, Figurinha, Picoly, entre tantos outros.

19 horas – Auto de Natal Brasileiro – Escola Viva de Artes Cênicas, Orquestra de Violeiros Coração da Viola e Cia. Los Xerebas
Onde: Bosque Maia
Em três lugares diferentes de um parque, três grupos, comandados por três palhaços, divulgam o Presépio Vivo que vai acontecer no centro do mesmo parque. Aparecem três visitantes misteriosos que se apresentam como os Reis Magos Belchior, Baltazar e Gaspar, que vieram prestar homenagem ao Cristo que vai nascer naquela cidade. No trajeto, a reflexão é incentivada a partir do olhar para cenas cotidianas, relacionando o presente à necessidade de solidariedade entre as pessoas. Tudo termina com música e alegria por conta da Orquestra de Violeiros Coração da Viola e de todos os presentes no parque.

Dia 16 | terça-feira
17 horas – O rei que tinha orelhas de burro – Teatro Sotero Cia. (Guarulhos)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

A história de um rei que maltratava seus discípulos e que um dia, amaldiçoado por uma bruxa, ganhou um par de orelhas de burro.

17h30 – Intervenções Teatro na Comunidade
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

– Em busca de um Sonho – Ricardo Almeida e Wânia Karolis
Inspirados em um conto de tradição oral africano, os atores-personagens percorrem a saga do herói da vida, em busca do seu sonho.

– Alice no País das Maravilhas – Polo CEU Ottawa-Uirapuru
A mescla de três diferentes versões da história da menina chamada Alice, que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.

18 horas – Essa partida não será televisionada – Cia. do Elefante e Tescon  – Grupo convidado (Santos)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

A peça traz, com humor, um olhar sobre o esporte mais popular no Brasil. Bastidores, utilização de recursos públicos para interesses privados e a manipulação midiática dão o tom durante a apresentação.

Dia 17 | quarta-feira
18 horas – Intervenções Teatro na Comunidade
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

– Código Da Vinci – Grupo Visconde de Sabugosa

Representação artística da invasão de Lúcifer e outros anjos caídos durante a Santa Ceia de Jesus.

– Coração de Dragão – Polo CEU Cumbica
Inspirado nas tradicionais festas orientais em que o dragão com suas evoluções é a atração principal. O público é convidado a participar de um ritual onde essa criatura mitológica será acordada ao som de provérbios chineses.

– Poemas do Menino Jesus – Polo Adamastor Avançado
A história de um Menino Jesus peralta, brincalhão, inquietante como todas as crianças.

19 horas – Auto de Natal Brasileiro – Escola Viva de Artes Cênicas, Orquestra de Violeiros Coração da Viola e Cia. Los Xerebas
Onde: Bosque Maia
Reapresentação do espetáculo Auto de Natal Brasileiro, com texto de Calixto de Inhamuns, música da Orquestra de Violeiros Coração da Viola e encenação da Escola Viva de Artes Cênicas e Cia. Los Xerebas.

Dia 18 | quinta-feira
16 horas – A Menina da Cabeça de Bola – Teatro da Neura – Grupo convidado (Suzano)
Onde: Calçadão da Rua Dom Pedro II

Uma grandiosa história em quadrinhos contada ao vivo com uma enchente de vida e a cor da Menina com Cabeça de Bola. Peça contemplada com o prêmio Ensaiando um País Melhor.

17 horas – Tu decides 3 – Cuca (Guarulhos)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II
Após uma briga conjugal entre Getulião e Janete, o marido sai de casa e ao retornar encontra a esposa a tomar café com um amigo. A partir daí o público é convidado a interferir na sequência da história em diversos momentos e a decidir os rumos da narrativa.

17h45 – Intervenções Teatro na Comunidade
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

– José dos Brasis – Cia. dos Assistentes
Livre adaptação do poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade, para a linguagem cênica, representada por meio da poesia do corpo em cena.

– Guerra – Polo Adamastor
Um manifesto artístico contra as mazelas que assolam a humanidade e a ditadura de 64.

– Ode me gritaron Negra – Polo CEU Ponte Alta
A experiência verídica de uma mulher vitimada pelo racismo.

– Cirandas – Polo Adamastor
Um tributo à poesia através dos versos de Manuel Bandeira.

Dia 19 | sexta-feira
17 horas – Intervenções Teatro na Comunidade
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

– Hair: Paz e Amor – Polo EPG Ofélia Echeverri Lopes
Hippies realizam um manifesto contra o capitalismo americano e a guerra do Vietnã, preconizando a paz.

– Traduzir-se – Polo CEU Pimentas
Recortes de poemas de Ferreira, Chico Buarque e Criolo Doido contra o preconceito racial e social.

18 horas – Eu vi ela na Viela – Cia Brancaleone – Grupo convidado (Guarulhos)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II
Reprises clássicas circenses recheadas de interações com o público e com pitadas de brincadeiras tradicionais da Cultura da Criança, com um humor único brancaleônico.

Dia 20 | sábado
14h30 – Tristona e Isoldo – Doutores do Riso (Guarulhos)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

A trágica história de Tristão e Isolda contada às avessas e por um prisma cômico. Nesta versão, os apaixonados trocam de corpo ao tomarem uma poção mágica.

15 horas – O Papagaiato – Núcleo Teatral Opereta – Grupo convidado (Poá)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II
A história de um herói popular que tem como arma a astúcia e a sorte e que, invariavelmente, se dá bem, muitas vezes por meio de trapaças. Um herói que narrará o dia em que encontrou a sorte grande!

16 horas – Palhaços em Apuros – Cia. Los Xerebas – Grupo convidado  (Guarulhos)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

Cinco palhaços, um mestre de cerimônias e um músico serão envolvidos em circunstâncias embaraçosas no meio da rua, onde improvisarão cenas a partir de coordenadas dadas pelo público.

17 horas – Saltimbembe Mambembancos – Grupo Rosa dos Ventos – Grupo Convidado (Presidente Prudente)
Onde: Calçadão da rua Dom Pedro II

A partir de um regresso histórico, o espetáculo apresenta números circenses que nas origens do circo eram apresentados por artistas saltimbancos em praças, feiras e outros espaços alternativos.

Por redação
Fotos Vanda Martins e divulgação